quinta-feira, 5 de junho de 2014

O Quarto



    Passaram-se semanas desde o dia em que minha mãe desapareceu. Depois do seu desaparecimento sou atormentado, noite após noite, por um pesadelo. Nele eu estou em um quarto levemente iluminado por um abajur em cima de um criado-mudo de madeira com uma gaveta, abro a gaveta e vejo fotos da minha mãe com um sorriso estampado em seu rosto, apago o abajur e então acordo.

    Depois de algumas noites notei que, no pesadelo, sua expressão mudara. Ela estava chorando, com visíveis hematomas pela face e o fundo da foto estava sombrio.

    No dia seguinte, notei que os olhos dela estavam fechados, como se estivesse dormindo, mas eu sabia que não estava.

    Com o tempo o pesadelo foi ficando mais claro, seu corpo já começava a entrar em decomposição e eu havia descoberto a localização exata do local em que eu me encontrava no sonho. Não perdi tempo e na noite seguinte subi em minha moto e fui até lá.

    Era uma simples pousada, de três andares, com um piso de madeira que já estava desgastado. Na portaria, um senhor de cabelos brancos, que aparentava estar na casa dos 60 anos, olhava para mim. Me dirigi até ele, já pagando a diária.

    – Quarto número 12 – disse, oferecendo uma nota de 50 reais já que estava sem trocado – fica com o troco

    – Não precisa pagar a diária, você já pagou a mensal – disse ele, me entregando as chaves do quarto.

    Assenti levemente com a cabeça pensando que ele havia me confundido com algum hóspede.

    Subi as escadas de madeira, que rangiam a cada degrau em que eu pisava e me deparei com um corredor iluminado por lâmpadas no teto. Chegando à porta do quarto fui tomado por uma sensação de nostalgia e um medo, medo de que as fotos estivessem mesmo lá. Destranquei a porta e, hesitante, girei a maçaneta. O quarto estava exatamente como no sonho. Avistei o criado-mudo, liguei o abajur e para minha surpresa e meu terror as fotos estavam ali, como no sonho, porém pude definir o ambiente. Era meu porão! Agora tudo fazia sentido! Saí do quarto às pressas, desci as escadas, subi na moto e fui direto para minha casa.

    Chegando lá, fui para meu quarto, abri o armário e peguei minha máquina fotográfica, que eu não tocava há algum tempo e vi, vi as fotos da minha mãe morta. Corri para o porão com uma lanterna. Um odor pútrido invadiu as minhas narinas, me dando uma ânsia de vômito, tapei o nariz e me preparei para ver a cena que ficará marcada em minha memória para o resto da minha vida.

    De uma coisa tenho certeza. Em todas aquelas noites, não estava sonhando.


~Pentelhol

sábado, 29 de março de 2014

Acidente na estrada


    Todos os anos eu passava as férias de julho na fazenda dos meus tios no interior do Rio de Janeiro. Os fatos que vou contar aconteceram em 1989 quando eu tinha 17 anos e de aí em diante mudaram minha fé e concepção do mundo.

    Eu, meu tio e dois primos estavam jogando baralho enquanto esperava minha tia terminar o jantar. A fazenda era muito antiga e já estava com minha família a varias gerações, infelizmente nessa época ainda não havia eletricidade no campo e os geradores eram muito caros para meu tio, então era tudo iluminado na vela e lampião, o que dava um aspecto tenebroso ao lugar. Chovia muito forte nesse dia e os cachorros estavam dentro da casa mas mesmo assim estavam muito inquietos.

    “Eu não gosto quando eles estão assim, sempre acontece algo estranho.” – disse meu tio apontando os cachorros.

    E os quatro riram do comentário que ao momento pareceu engraçado. Ainda estávamos rindo quando ouvimos alguém bater forte na porta. Todos nós pulamos de susto e meu tio foi atender a porta seguido de minha tia que veio rápido da cozinha ver quem era a visita inesperada. Quando meu tio abriu a porta vimos um homem que estava todo molhado da chuva. Eu sabia que não era conhecido pois eu conhecia todos os vizinhos da redondeza.

    “Eu capotei meu carro ali na estrada, preciso de ajuda pois minha mulher esta machucada e precisa de cuidados médicos, eu vi sua casa da estrada e.” – disse o homem sem fôlego até ser interrompido por meu tio.

    “Não precisa explicar mais.” – disse meu tio pegando a chaves da camioneta e saindo.

    Sem perguntar nada eu entrei com eles no veículo e partimos. Em um minuto já estávamos onde o carro se encontrava. Eu e meu tio corremos para o carro, o homem ficou lá dentro do carro, paralisado, olhando na direção do carro e chorando quieto. Eu e meu tio agachamos para ver a situação da mulher dele e para nosso choque ali estava o homem que bateu na porta da fazenda, todo ensangüentado. Sua mulher não estava diferente. Eu fiquei com medo mas meu tio me olhou e disse:

    “Rápido temos que levar os dois para o hospital.” – Disse ele ignorando o fato sinistro e forçando a porta para abrir.

    Tiramos os dois do carro e os levamos para o hospital, o homem, como eu e meu tio sabíamos já estava morto a mulher estava com ferimentos graves mas sobreviveu. Algumas horas depois saímos do hospital e fomos de volta para a fazenda. Quando chegamos contamos a historia para meus primos e minha tia, eles ficaram morrendo de medo. Terminei de contar a história e alguém bateu na porta, meus primos correram para o quarto de medo e meu tio abriu a porta só que desta vez não tinha ninguém.




#JANE

quinta-feira, 6 de março de 2014

Relatos sobre Amigos Imaginários p.3

    Dando continuação a série "Amigos Imaginários"


Resposta #3


    O usuário MidnightXII respondeu:

     “A mãe de um dos meus alunos nos contou em uma reunião que estava preocupada porque seu filho (de 7 anos) falava sobre um fantasma invisível que conversava e brincava com ele no seu quarto. Ele disse que o fantasma se chamava O Capitão e que era velho, branco e tinha barba. A criança contava para a mãe que O Capitão dizia que, quando ele crescesse, seu trabalho seria matar pessoas e que O Capitão diria quem precisava ser morto. O menino chorava e dizia que não queria matar ninguém quando crescesse, mas O Capitão falava para ele que não havia escolha e que ele se acostumaria a matar com o passar do tempo.”


Fonte:Mega Curioso



Amy Archer#

terça-feira, 4 de março de 2014

Relatos sobre Amigos Tmaginarios p.2


    Continuando com a série "Amigos Imaginários":

Resposta


    O usuário nomoslowmoyohomo respondeu:

    “Meu irmão menor costumava falar sobre a mulher que o visitava no quarto à noite. Ele dizia que ela usava um vestido vermelho, que seu nome era Frannie e que ela cantava para ele... E ela flutuava. Bem, de fato, eu tinha uma parente que havia morrido anos antes de ele nascer que se chamava Frannie; sua cor favorita era vermelho e eu acho que ela foi enterrada com um vestido vermelho. Quando mostramos uma foto dela, ele confirmou que ela o estava visitando.”




Fonte: Mega Curioso





Amy Archer#

domingo, 2 de março de 2014

Trancas


    Moro sozinho há pouco tempo e estudo numa faculdade longe de casa, por isso, abuso de trancas e cadeados na porta do apartamento.

    Certa noite tive um pesadelo. Neste, um ser inumano está dentro do meu apartamento. Ele vai até a meu quarto, caminha vagarosamente até minha cama e me observa por um bom tempo. Repentina e calmamente, ele pega algo que parecia uma seringa e injeta em minha nuca. Houve um clarão. Eu acordei.

    Isso foi estranho. Verifiquei todas as trancas. Intactas.

    Fui pra facul e saí com os meus amigos à noite.

    Acordei em meu apartamento e na minha comoda havia os seguinte bilhete: "Você bebeu exageradamente, lhe trouxemos até aqui em segurança" ( a palavra segurança estava sublinhada, o que parecia confuso) . Eu não me lembrava de ter bebido, nunca bebi.Meus amigos não tinham as chaves, eu nunca as daria a ninguém.E não era só isso, aquele modo de escrever... Aquela letra não era de nenhum dos meus amigos...Uma dor, uma dor insuportável percorria meu pescoço.

    Fui até a cozinha e um cheiro estranho à dominava. Um arrepio percorria a minha espinha, o vento soprava e assoviava de forma suave me causando frio.

    Fechei as janelas. O frio continuou.

    Até que reparei.

    A... A porta estava sem nenhum dos cadeados e...
Completamente aberta...

    Houve um clarão.

                                                                      _



Gente este é o começo de uma das séries em comemoração ao aniversário do blog. Nesta vamos postar uma creepy de algum de nós por semana, não, a série não terá nome, afinal, são apenas creepys... NOSSAS CREEPYS *-*

Esta é minha e é a primeira da série 

Enfim, se uma vez por semana, você achar uma creepy nossa, já sabe que é essa série em ação :3


~Nevada-tan





Nova Adm e Relatos sobre Amigos Imaginários

    Olá pessoal , eu sou a Amy , a nova adm . Eu espero que vocês gostem de mim . 

    Para começar aqui no blog , eu vou fazer uma pequena série (só minha asuhauuha)  com alguns relatos sobre amigos imaginários . 

    Cada um desses relatos foram obtidos na rede Reddit , quando um dos usuários resolveu mandar a seguinte questão : “ Qual foi a coisa mais perturbadora que seu filho disse ao falar sobre seu ‘amigo imaginário’ “? . 

Resposta #1


 O usuário BrownXCoat respondeu: “Quando minha filha tinha três anos, ela tinha uma amiga imaginária que se chamava Kelly e vivia no seu guarda-roupa. A Kelly ficava sentada em uma pequena cadeira de balanço enquanto ela [a filha] dormia, brincava com ela etc. Bobeiras normais de amigos imaginários. De qualquer maneira, o tempo passou e dois anos depois, minha esposa e eu estávamos assistindo ‘Horror em Amityville’ (aquele com o Ryan Renolds) e nossa filha entrou bem na hora em que a garota morta fica com os olhos negros. Longe de parecer inquieta, ela disse: ‘Essa se parece com a Kelly.’ ‘Que Kelly?’, nós dissemos. ‘Vocês sabem, a garota morta que vivia no meu guarda-roupa.’”







Amy Archer#


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Aniversário do Blog!!

Oi galerinha mais ou menos!!!!!

    Então, né... Faz tempo que eu não posto... Estou sem tempo por causa de uns compromissos aí...

    Mas o título da postagem não tem nada a ver com isso então vamos ao que interessa.

    O negócio é que o blog tá completando 1 ano *orgulho* *orgulho* *orgulho* *orgulho* (Aí eu lembro que a postagem devia ter sido feita há muito tempo, mas é exatamente ele, o maldito tempo que me atrapalhou)


    Primeiramente eu quero falar o porquê do blog existir.

    Estava lá eu, com minhas creepys, sem ter pra quem mostrar e lembrei que existiam mais pessoas que se interessariam, ou pelo menos leriam elas. Aí lembrei que existe um modo de alguém ver o que eu quero compartilhar, sem que eu sinta vergonha (ou sei lá).O ponto é que eu tive a ideia de um blog, um nome legal e uns amigos pra ajudar.

    E no dia 22 de Janeiro de 2013 eu criei o blog.

    Olha eu acho...Só acho que evoluímos e eu lembro que a cada visualização meu coração batia mais rápido, só por saber que estavam lendo o que eu postava. O entusiasmo era enorme, então eu chamei uma amiga pra ajudar a postar... Entre dificuldades com a frequência de postagens, eu chamei outra amiga, e continuamos.

    Até que... Um cara que lia o blog, nos chamou pelo face oferecendo uma parceria com outro blog... Não deu certo... Mas o cara era tão... Digamos...Ótimo em escrever e amante de terror, que convidamos ele pra se mais um Adm.

    Explicações à parte estamos aqui, #Jane ~Pentelhol,Condessa Erzsebét e eu, ~Nevada-tan como Adm's...E em um ano a quantidade de visualizações e o público aumentou, motivo de orgulho, muito orgulho!!

    E, pelo menos pra mim, é muito bom postar, ver as visualizações e alguns poucos comentários o publico que temos... Sério quando eu não consigo postar é por que estou REALMENTE sem tempo, quando posto, tento caprichar e tenho CERTEZA que os outros Adm's também pensam assim e... A vontade de conhecer vocês... Isso é muito bom

    Em comemoração ao aniversário, temos 3 surpresas : Uma Adm nova que vai começar em breve e duas novas série do blog, que eu creio que vocês vão gostar, deixarei esse clima de suspense (isso é muito legal)

    Ah! Agradecemos a todos vocês por... enfim, por tudo ! *lagrima* *lagrima* *lagrima*



~Nevada-tan